Eu e Outras Consequências
2017 - Editora Penalux
“EU E OUTRAS CONSEQUÊNCIAS” (Penalux, 2017), de Tanussi Cardoso aborda os conflitos existentes no interior de nossa realidade, sejam eles entre o eu e o mundo, o eu e o outro, os vários eus que compõem o mistério de um ser e, até mesmo, uma Super-realidade, entre o ser e Deus. Mas não é apenas o eu que se basta. Como uma teia de aranha, as consequências são os desdobramentos do sujeito, o que se funda no seu espaço interno e no seu ambiente externo, formando toda a physis. O ser não se satisfaz com sua pequenez de dentro e precisa se expandir para outros horizontes. Daí no título “e outras consequências”. No livro de Tanussi o que vale é a lei dos espelhamentos e seus paradoxos e tensões. Na bela orelha de Affonso Romano Sant’Anna, este diz: “É uma arte poética que retira das contradições a sua força”. O interessante a se notar na obra tanussiana é o confrontar de olhares, como entre o amor e a morte e, até mesmo, a vida e a morte. Os dois polos de uma mesma realidade.
Alexandra Vieira de Almeida – Escritora e Doutora em Literatura Comparada (UERJ)
Exercício do Olhar
2006 - Editora Fivestar
Procurar e encontrar na poesia do brasileiro -- e carioca -- Tanussi Cardoso a causa admirável de nossa admiração é seguir este percurso de forças e graças: rasurar as fronteiras entre o poético e o pensante, na medida em que refletir sobre a linguagem é deixar também que ela -- a linguagem -- sobre nós se reflita. E se refrate, nos refrate, fazendo-nos dela pensadores. E poetas. Críticos-poetas , na linguagem e da linguagem indiscerníveis, numa via que será sempre de mão dupla, já que, ainda com Valéry, todos os verdadeiros poetas são necessariamente críticos de primeira ordem.
Igor Fagundes
Viagem em Torno de
2000 - Editora 7Letras
Este é um trabalho de poeta que chega à maturidade, tem consciência plena de sua finitude – e de todos os que o cercam –, passeia de mãos dadas com o limite mas se recusa a colocar um ponto final, no que quer que seja. Nem nos versos, nem na vida. Colocá-lo para que?
“Neste Viagem em Torno De, Tanussi Cardoso muda o tom. O que antes fora oswaldianamente irônico, vira elegíaco; o que era o circo da paixão, fica solene; reflexivo. É o poeta diante do nada. Frente ao semblante da morte e seu olhar inconfundível”, escreve o também poeta Salgado Maranhão na apresentação do volume.
Simão Pessoa
Boca Maldita
1982
Boca Maldita. Rio de Janeiro: Ed. Trote, 1982. Prefácio de Leila Miccolis, capa e ilustrações de Otavio Studart, foto de Ana Carolina
Do Aprendizado do Ar
2011 - Editora Five Star
Com seleção, tradução e prólogos de Leo Lobos (Chile) e Angélica Santa Olaya (México), o poeta, jornalista e crítico literário Tanussi Cardoso tem lançada a antologia bilíngue Del aprendizaje del aire/Do aprendizado do ar. A publicação reúne 42 de seus poemas, dos livros Viagem em torno de, A medidas do deserto e outros poemas revisitados e Exercício do Olhar.
Em 2006, Cardoso foi um dos representantes do Brasil no Segundo Festival Latinoamericano de Poesia. Ali conheceu as traduções que a poeta mexicana Angélica Santa Olaya havia feito de sua obra. Antes, o poeta e artista plástico Leo Lobos já havia apresentado suas traduções ao brasileiro, e deste encontro entre Brasil, Chile e México nasceu Del aprendizaje del aire.
50 Poemas Escolhidos pelo Autor
2010 - Editora Galo Branco
Tanussi Cardoso é meu amigo. Conheço-o desde os tempos da revista O Saco. Dele são 50 poemas escolhidos pelo autor (volume 35) e Exercício do olhar (2006). Na apresentação deste, Luiz Horácio Rodrigues é categórico: “Tanussi trabalha o contraste estilístico tão caro e tão escasso, sem perder a coerência, a originalidade da temática e o requinte artesanal dos versos, quando a norma, idealizada pelos poetastros ordinários, exige e propaga versos belos e sem sentido.” Um grande poeta. Leiam “as sombras são” (vejam o jogo dos signos): “as sombras se esquecem / de si mesmas / e saem a espantar / as coisas, /à noite // andam trilhos imaginários / perseguem sonhos / dos homens, / as sombras // reais / riem dos objetos clareados / por postes estranhos, / as sombras” (...) É poesia rara, belíssima, de uma riqueza tão grande que só uma leitura demorada nos fará perceber onde moram os rubis do verbo.
Nilto Maciel
Beco com Saídas
1991 - Editora Edicom
"Beco com saídas" (Ed. Edicom, 91/SPJ, Prêmios UBE/RJ e UBE/GO.